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sexta-feira, 9 de março de 2012

Conhecendo a História de CÁCERES - São Luiz de Cáceres


Cidade alegre de povos amáveis e hospitaleiros.


Fonte: Câmara Municipal de Cáceres

Cáceres foi fundada em seis de outubro de 1778, pelo governador de Mato Grosso na época, Luis de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, recebendo o nome de Vila Maria do Paraguai, em homenagem à Rainha reinante de Portugal.

Consta-se que a fundação do povoado à margem esquerda do Rio Paraguai ocorreu por quatro motivos principais: a defesa e o incremento das fronteiras do domínio de Portugal a Oeste; a abertura de uma via de navegação com a cidade de São Paulo; a facilitação tanto das comunicações quanto das relações comerciais entre as cidades de Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá e a fertilidade do solo da região, prenúncio de riquezas. Passadas mais de um século de sua fundação, poucas mudanças houve.

O grande destaque local era a Fazenda Jacobina, que em 1827, de acordo com o testemunho de Hércules Florense, citado por Natalino Ferreira Mendes na obra História de Cáceres, “era a mais rica fazenda da província, tanto em área como em produção”.

Descrito pelo Professor Natalino Ferreira Mendes, em Memória Cacerense, “havia cerca de 60 mil reses povoando os campos da Jacobina, situada junto à Serra do mesmo nome à entrada de Vila Maria do Paraguai. Consta ainda, que a Fazenda Jacobina possuía 200 escravos e um grande engenho movido por força hidráulica”.

Historiadores reputam à Jacobina o inicio de tudo na região, há registros de que nesta Fazenda, Sabino Vieira, chefe da malograda revolução baiana denominada “sabinada”, foi se refugiar até a sua morte em 1846.




Maria Josefa de Jesus, filha do fundador da Fazenda Jacobina, casou-se com João Carlos Pereira Leite, que veio a fundar a Fazenda Descalvados, que também se tornou uma das maiores e mais antigas fazendas da província.

Por sua vez um genro de João Carlos Pereira Leite, Joaquim José Gomes da Silva, atravessaria o Pantanal mato-grossense em direção ao sul, hoje Estado de Mato Grosso do Sul, para fundar no “firme”, a Nhecolândia. O povoado de Vila Maria do Paraguai, na época, não passava de uma “aldeia”, centrada em torno da igrejinha de São Luis de França.


Segundo o historiador, professor Natalino Ferreira Mendes, em meados do século XIX, a Vila experimentou algum progresso, em razão do advento do ciclo da indústria extrativista da poaia (ipecacuanha) o “outro negro da floresta”, e da borracha, que juntamente com a bovinocultura eram a economia da região; impulsionada pela abertura da navegação fluvial do rio Paraguai, estabelecendo a ligação com a cidade de Corumbá. Em 1860, Vila Maria do Paraguai possuía uma Câmara Municipal, mas somente em 23 de junho de 1874 foi elevada à categoria de cidade, recebendo o nome de São Luis de Cáceres.


O nome foi uma homenagem ao santo padroeiro e ao fundador da localidade.


Por força do Decreto-Lei Estadual nº 208 de 26/10/1938, o município passou a ter o nome que traz até a atualidade: Cáceres. Há citação de que a denominação São Luis estava causando, na época, confusão de endereço com a capital do Maranhão, São Luiz. Em fevereiro de 1883, foi transferido para a praça da matriz, o Marco do Jaurú, demarcatório do Tratado de Madri celebrado entre Portugal e Espanha, em 1750.




O monumento permanece na praça Barão do Rio Branco, em frente à Catedral São Luis, cuja construção iniciou-se em 1919, mas, somente foi concluída em 1938 tornando-se também outro monumento da cidade. Os dois monumentos são motivos de orgulho para Cáceres, e hoje, constituem-se em atrativos turísticos de visitação “obrigatória”.

Em 1907, a entao cidade de São Luis de Cáceres recebeu uma visita ilustre: a do presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, que participava em companhia de Cândido Rondon da famosa Expedição Roosevelt-Rondon.

Conta-se que o presidente americano ficou encantado com o comercio local, cujo destaque era a loja “Ao Anjo da Ventura”, propriedade comercial de José Dulce & Cia, proprietária também do vapor “Etrúria”, o maior e o mais regular navio de passageiros e de cargas, que se tornou símbolo do progresso que na época se experimentava. Embarcações deixavam a localidade com destino à Corumbá, carregadas de poaia (ipecacuanha), borracha e produtos como charque, crinas e couros de animais e retornavam com mercadorias finas, como tecidos, cristais, louças e pratarias, procedentes da Europa.

A elite local tinha acesso à literaturas estrangeiras e artigos de luxo, em contraste com a poeira, a lama e animais pastando nas ruas da cidade. A comunidade em geral se divertia com touradas e cavalhadas, realizadas durante as festividades de santo, que envolviam toda a sociedade como se fossem uma grande e única família.



No inicio de 1927, dois acontecimentos marcaram a cidade: a passagem da famosa Coluna Prestes pelos arredores, que provocou pânico e a fuga de muitos moradores; e a histórica descida do primeiro avião a pousar em Mato Grosso, o hidroavião italiano Savoia Marchetti S-55, batizado “Santa Maria”, que pousou nas águas calmas do rio Paraguai pilotado pelo Marquês italiano De Pinedo, hóspede oficial de Cáceres.


Em 1928, foi inaugurado o Porto Mário Corrêa, grande feito para a cidade, ali, chamava muita atenção as figura de dois leões que guardavam a entrada do Cais do Porto. Em dezembro de 1929 ocorre a inauguração de outra importante obra, o prédio da sede do Governo Municipal, que abrigou até recentemente a Câmara de Vereadores. Esta construção, juntamente com as antigas residências de famílias tradicionais como Costa Marques e Ambrósio, formam um belo conjunto arquitetônico nas esquinas das ruas Coronel José Dulce e General Osório, no centro da cidade.


Na segunda metade do século XX, as mudanças aconteceram mais rapidamente.

No inicio dos anos 60, foi inaugurada a ponte Marechal Rondon, sobre o lendário rio Paraguai, que incrementou toda a logística de ligação com outras cidades além do rio, na direção oeste de Mato Grosso, estimulando migração de brasileiros procedentes do atual Mato Grosso do Sul, de Goiás e da região sudoeste do país, alterando a fisionomia sócio-econômica-cultural de Cáceres, cuja ligação com a capital Cuiabá e o restante do país se intensificava na medida que melhoravam as rodovias.


Acelerou-se então o fracionamento do antigo território cacerense, através das sucessivas, naturais e necessárias emancipações, consolidando a situação de Cáceres como município Mãe.

COMETÁRIOS DO BLOGUEIRO

Importante salientar que a população cacerense é bastante politizada em vista que seus habitantes estão ali radicados a muitos anos, e a grande maioria pertencem a famílias tradicionais da região, portanto a política é acirrada, infelizmente seu desenvolvimento tem se atrasado por motivos da pecuária fraca além de alguns politicos ruins, pois sempre foram administrados por gestores contrários a política dos governos do Estado e do País, como já dito face as disputas políticas, o município tem ficado sem representantes na assembléia legislativa estadual o que vem prejudicando imensamente o município e região . ;
Importante também citar o potencial turístico da região com paisagens grutas lagoas e rios majestosos, a grande solução para essa belíssima cidade e região seria sem dúvida o agronégocio em pleno crescimento no nosso estado, e Cáceres possue grandes áreas rurais propícias à cultura de soja, algodão, milho e outros comodites, a pecuária ajuda muito pouco o município, os grandes pecuaristas são de fora e exportam suas produções de bezerros inacabados para outras regiões ou estados prejudicando sensivelmente a arrecadação do município. A esperança agora são nos jovens políticos que começam a despontar no cenário Cacerensse.

Seu nome original é São Luiz de Cáceres, hoje mais conhecida por CÁCERES.